segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Santo do dia - São Tomás Becket





Tomás Becket nasceu no dia 21 de dezembro de 1118, em Londres. Era filho de pai normando e cresceu na Corte ao lado do herdeiro do trono, Henrique. Era um dos jovens cortesãos da comitiva do futuro rei da Inglaterra, um dos amigos íntimos com que Henrique mais tinha afinidade. Era ambicioso, audacioso, gostava das diversões com belas mulheres, das caçadas e das disputas perigosas. Compartilharam os belos anos da adolescência e da juventude antes que as responsabilidades da Coroa os afastasse. 

Quando foi corado Henrique II, a amizade teve uma certa continuidade, porque o rei nomeou Tomás seu chanceler. Mas num dado momento Tomás voltou seus interesses para a vida religiosa. Passou a dedicar-se ao estudo da doutrina cristã e acabou se tornando amigo do arcebispo de Canterbury, Teobaldo. Tomás, por sua orientação, foi se entregando à fé de tal modo que deixou de ser o chanceler do rei para ser nomeado arcediácono do religioso. 

Quando o arcebispo Teobaldo morreu e o papa concedeu o privilégio ao rei de escolher e nomear o sucessor, Henrique II não vacilou em colocar no cargo o amigo. 

Mas o rei não sabia que o antigo amigo se tornara, de fato, um fervoroso pastor de almas para o Senhor e ferrenho defensor dos direitos da Igreja de Roma. Tomás foi ordenado sacerdote em 1162 e, no dia seguinte, consagrado arcebispo de Canterbury. Não demorou muito para indispor-se, imediatamente, com o rei. Negou-se a reconhecer as novas leis das "constituições de Clarendon", que permitiam direitos abusivos ao soberano, e teve de fugir para a França, para escapar de sua ira. 

Ficou no exílio por seis anos, até que o papa Alexandre III conseguiu uma paz formal entre os dois. Assim, Tomás pôde voltar para a diocese de Canterbury a fim de reassumir seu cargo. Foi aclamado pelos fiéis, que o respeitavam e amavam sua integridade de homem e pastor do Senhor. Mas ele sabia o que o esperava e disse a todos: "Voltei para morrer no meio de vós". A sua primeira atitude foi logo destituir os bispos que haviam compactuado com o rei, isto é, aceitado as leis por ele repudiadas. Naquele momento, também a paz conseguida com tanta dificuldade acabava. 

O rei ficou sabendo e imediatamente pediu que alguém tirasse Tomás do seu caminho. O arcebispo foi até avisado de que o rei mandaria matá-lo, mas não quis fugir novamente. Apenas respondeu com a frase que ficou registrada nos anais da história: "O medo da morte não deve fazer-nos perder de vista a justiça". Encheu-se de coragem e, vestido com os paramentos sagrados, recebeu os quatro cavaleiros que foram assassiná-lo. Deixou-se apunhalar sem opor resistência. Era o dia 29 de dezembro de 1170. 

O próprio papa Alexandre III canonizou Tomás Becket três anos depois do seu testemunho de fé em Cristo. A sua memória é homenageada com festa litúrgica no dia de sua morte.


Fonte: Portal Paulinas

sábado, 27 de dezembro de 2014

Santo do dia - São João Apóstolo e Evangelista






É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e não douto. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz. 

João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus. 

Costuma ser definido, entre os apóstolos, como homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à ação. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na Transfiguração de Jesus e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos, foi o único na hora final. Na cruz, Jesus, vendo-o ao lado da Virgem, lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe, Maria. 

Os detalhes que se conhece revelam que, após o Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois, com Pedro, se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano, foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o quarto evangelho, o Apocalipse e as epístolas aos cristãos. 

Diz a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. João morreu, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus, e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade. 

O evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egito, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado essas regiões.


Fonte:Portal Paulinas

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Santo do dia - Santo Urbano V






O Papa Urbano V assumiu o cargo em 1362, numa época em que a Europa sofria agitações sociais muito intensas. Numa tentativa de manter o pontífice longe das intrigas e das lutas políticas e revolucionárias, que dominavam Roma, a sede da Igreja fôra transferida para Avignon, na França. 

Urbano era monge beneditino e pertencia a uma nobre família francesa. Quando jovem estudou ciências jurídicas e depois lecionou direito em Montpellier e na própria Avignon. Um dia, trocou a laureada toga pelo humilde hábito de monge, chegando a ocupar altos cargos dentro da Ordem beneditina.

Sua biografia é cheia de adjetivos elogiosos: "professor emérito, estudioso de renome, abade de iluminada doutrina e espiritualidade". Por tudo isso foi escolhido pelo Papa Inocêncio IV para desempenhar missões diplomáticas delicadas. Pelo mesmo motivo, quando Inocêncio morreu, foi eleito seu sucessor, mesmo não sendo cardeal.

Seu pontificado durou somente oito anos, mas caracterizou-se, segundo os registros oficiais, pela sábia administração, pelo esforço de renovar os costumes e pela nobreza de intenções. Ele reformou a disciplina eclesiástica e reorganizou a corte pontifícia de maneira que fosse um exemplo de vida cristã, cortando pela raiz muitos abusos. Mas também se preocupava com a instrução do povo. Era o período do humanismo e o ex-professor de direito não mediu esforços para promover as ciências e criar novos centros de estudos. A pedido do rei da Polônia, ergueu e fundou a universidade da Cracóvia e, na universidade de Montpellier, fundou um colégio médico, ajudando pessoalmente estudantes pobres.

No terreno político e militar seu trabalho também foi reconhecido. Organizou uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ameaçavam a Europa. No plano missionário, enviou numerosos grupos de religiosos às regiões européias ainda necessitadas de evangelizadores, como a Bulgária e a Romênia. Além de organizar uma expedição missionária para levar a palavra aos mongóis da longínqua Ásia.

O grande sonho do Papa Urbano V, porém, era levar de volta a sede da Igreja para Roma. Conseguiu isso, em outubro de 1367, sendo recebido com entusiasmada aclamação popular. Foi o primeiro a se estabelecer no palácio ao lado da Basílica de São Pedro, no Vaticano. E, desde então, se tornou a residência oficial dos pontífices. Mas a paz durou pouco. Alguns anos depois Urbano V foi novamente obrigado a deixar Roma, e voltar para Avignon, onde faleceu em 19 de dezembro de 1370.


fonte: Portal Paulinas

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Santo do dia - Santa Adelaide





Narrada por santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela, a vida de santa Adelaide emociona pelos sofrimentos que passou. De rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus-tratos e passou por diversas privações para, depois, finalmente, assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes.

Nascida em 931, Adelaide era uma princesa, filha do rei da Borgonha, atual França, casado com uma princesa da Suécia. Ficou órfã de pai aos seis anos. A Corte acertou seu matrimônio com o rei Lotário, da Itália, do qual enviuvou três anos depois. Ele morreu defendendo o trono, que acabou usurpado pelo inimigo vizinho, rei Berenjário. Então, a rainha Adelaide foi mandada para a prisão. Contudo, ajudada por amigos leais, conseguiu a liberdade. Viajou para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oto, que, além de devolver-lhe a Corte, casou-se com ela. Assim, tornou-se a imperatriz Adelaide, caridosa, piedosa e amada pelos súditos.

Durante anos tudo era felicidade, mas o infortúnio atingiu-a novamente. O imperador morreu e Adelaide viu-se outra vez viúva. Assumiu seu filho Oto II, que aceitava seus conselhos, governando com ponderação. Os problemas reiniciaram quando ele se casou com a princesa grega Teofânia. Como não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu fazê-lo brigar com a mãe por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso exigiu que Adelaide deixasse o reino.

Escorraçada, procurou abrigo em Roma, junto ao papa. Depois, passou um período na França, na Corte de seu irmão, rei da Borgonha. Mas a dor da ingratidão filial a perseguia, Viu, também, que ele reinava com injustiça, dentro do luxo, da discórdia e da leviandade, devido à má influência de Teofânia. Nessa época, foi seu diretor espiritual o abade Odilo, de Cluny. Ao mesmo tempo, o abade passou a orientar Oto II. Após dois anos de separação, arrependido, convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois.

Como o neto de Adelaide, Oto III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia encaminhar-se para o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra, que só não morreu porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo. Adelaide se tornou a imperatriz regente da Alemanha, por direito e de fato. Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Trouxe para a Corte as duas filhas de sua maior inimiga e as educou com carinho e proteção. O seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação.

Nos últimos anos de vida, Adelaide foi para o Convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela fundara, em Strasburg. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999.


Fonte:Portal Paulinas

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sobre a missa do galo




Para celebrar o nascimento de Jesus, a missa do galo foi instituída no século V, após o Concílio de Éfeso, começando a ser celebrada oficialmente na basílica erigida no monte Esquilinodedicada a Nossa Senhora - posteriormente denominada Basílica de Santa Maria Maior. A iniciação à prática dessa missa se deu no século V, mas a igreja católica só adotou a data a partir de 330 d.C., sendo organizada pelo Papa São Telesforo. 
Dada a sua importância e a tradição, pois anuncia o nascimento doDeus vivo, eis que o verbo se fez carne (Jo, 1:14), o próprioPapa, bispo deRoma, deve conduzir a celebração pessoalmente, pois ele é sucessor de Pedro, o apóstolo que Jesus mesmo designou como primeiro dirigente da Igreja (Mt 16:18). 
A missa do galo é atualmente realizada pela Vossa Santidade - o Papa, na cidade de Roma, na Itália. O local da celebração é o Vaticano, na Basílica de Santa Maria Maior, uma praça aberta que acolhe milhares de fiéis. A igreja católica realiza essa missa desde o ano 330 d.C. E tem por tradição ter todas as velas do advento estarem acesas, pelo fato de se passarem 4 domingos nos quais as velas são acesas. 
É rezada à meia noite do dia 24 de dezembro, tendo recebido tal nome por se dizer que na hora da celebração da Eucaristia um galo cantou fortemente anunciando a vinda do Messias, e o galo a concebe por representar vigilância, fidelidade e testemunho cristão. 
De acordo com outra versão, o nome surgiu porque a missa é muito demorada e termina quando surgem os primeiros raios de sol, quando os galos começam a cantar. 
Atualmente a Missa do galo e televisionada por vários canais televisivosporém é acessível na internet para assistir ao vivo. 


Pesquisa Realizada por Rafaela Lima 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Santo do dia - Nossa Senhora de Guadalupe






Como toda aparição de Nossa Senhora, a que é venerada hoje é emocionante também. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo milagre operado no episódio e pela dúvida lançada por um bispo sobre sua aparição a um simples índio mexicano.

Tudo se passou em 1531, no México, quando os missionários espanhóis já haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se espalhava lentamente por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados. O índio João Diogo havia se convertido e era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim, foi o escolhido para ser o portador de sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu a ele várias vezes.

A primeira vez, quando o índio passava pela colina de Tepyac, próxima da Cidade do México, atual capital, a caminho da igreja. Maria lhe pediu que levasse uma mensagem ao bispo. Ela queria que naquele local fosse erguida uma capela em sua honra. Emocionado, o índio procurou o bispo, João de Zumárraga, e contou-lhe o ocorrido. Mas o sacerdote não deu muito crédito à sua narração, não dando resposta se iria, ou não, iniciar a construção.

Passados uns dias, Maria apareceu novamente a João Diogo, que desta vez procurou o bispo com lágrimas nos olhos, renovando o pedido. Nem as lágrimas comoveram o bispo, que exigiu do piedoso homem uma prova de que a ordem partia mesmo de Nossa Senhora.

Deu-se, então, o milagre. João Diogo caminhava em direção à capital por um caminho distante da colina onde, anteriormente, as duas visões aconteceram. O índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a unção dos enfermos a um tio seu, que agonizava. De repente, Maria apareceu à sua frente, numa visão belíssima. Tranqüilizou-o quanto à saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo instante ele já estava curado. Quanto ao bispo, pediu a João Diogo que colhesse rosas no alto da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de o país atravessar um rigoroso inverno. Mas obedeceu e, novamente surpreso, encontrou muitas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a Senhora ordenara, foi entrega-las ao bispo como prova de sua presença.

E assim fez o fiel índio. Ao abrir o manto cheio de rosas, o bispo viu formar-se, impressa, uma linda imagem da Virgem, tal qual o índio a descrevera antes, mestiça. Espantado, o bispo seguiu João até a casa do tio moribundo e este já estava de pé, forte e saudável. Contou que Nossa Senhora "morena" lhe aparecera também, o teria curado e renovado o pedido. Queria um santuário na colina de Tepyac, onde sua imagem seria chamada de Santa Maria de Guadalupe. Mas não explicou o porquê do nome.

A fama do milagre se espalhou. Enquanto o templo era construído, o manto com a imagem impressa ficou guardado na capela do paço episcopal. Várias construções se sucederam na colina, ampliando templo após templo, pois as romarias e peregrinações só aumentaram com o passar dos anos e dos séculos.

O local se tornou um enorme santuário, que abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa colina, e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele, está guardado o manto de são João Diego, em perfeito estado, apesar de passados tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indígenas. Por isso o povo a chama, carinhosamente, de "La Morenita", quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.

Foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em 1979, como extremado devoto mariano, o papa João Paulo II visitou o santuário e consagrou, solenemente, toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe


Fonte:Portal Paulina

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Santo do dia - São João Damasceno




João Damasceno é considerado o último dos santos Padres orientais da Igreja, antes que o Oriente se separasse definitivamente de Roma, no ano 1054. Uma das grandes figuras do cristianismo, não só da época em que viveu, mas de todos os tempos, especialmente pela obra teológica que nos legou.

Seu nome de batismo era João Mansur. Nasceu no seio de uma família árabe cristã no ano 675, em Damasco, na Síria. Veio daí seu apelido "Damasceno" ou "de Damasco". Nessa época a cidade já estava dominada pelos árabes muçulmanos, que acabavam de conquistar, também, a Palestina. No início da ocupação, ainda se permitia alguma liberdade de culto e organização dos cristãos, dessa forma o convívio entre as duas religiões era até possível. A família dos Mansur ocupava altos postos no governo da cidade, sob a administração do califa muçulmano, espécie de prefeito árabe.

Dessa maneira, na juventude, João, culto e brilhante, se tornou amigo do califa, que depois o nomeou seu conselheiro, com o título de grão-visir de Damasco. Mas como era, ao mesmo tempo, um cristão reto e intransigente com a verdadeira doutrina, logo preferiu se retirar na Palestina. Foi ordenado sacerdote e ingressou na comunidade religiosa de São Sabas, e desde então viveu na penitência, na solidão, no estudo das Sagradas Escrituras, dedicado à atividade literária e à pregação.

Saía do convento apenas para pregar na igreja do Santo Sepulcro, para defender o rigor da doutrina. Suas homilias, depois, eram escritas e distribuídas para as mais diversas dioceses, o que o fez respeitado no meio do clero e do povo. Também a convite de João V, bispo de Jerusalém, participou, ao seu lado, no Concílio ecumênico de Nicéia, defendendo a posição da Igreja contra os hereges iconoclastas. O valor que passou para a Igreja foi através da santidade de vida, da humildade e da caridade, que fazia com que o povo já o venerasse como santo ainda em vida. Além disso, por sua obra escrita, sintetizando os cinco primeiros séculos de tentativas e esforços de sedimentação do cristianismo.

Suas obras mais importantes são "A fonte da ciência", "A fé ortodoxa", "Sacra paralela" e "Orações sobre as imagens sagradas", onde defende o culto das imagens nas igrejas, contra o conceito dos iconoclastas. Por causa desse livro, João Damasceno foi muito perseguido e até preso pelos hereges. Até mesmo o califa foi induzido a acreditar que João Damasceno conspirava, junto com os cristãos, contra ele. Mandou prendê-lo a aplicar-lhe a lei muçulmana: sua mão direita foi decepada, para que não escrevesse mais.

Mas pela fé e devoção que dedicava à Virgem Maria tanto rezou que a Mãe recolocou a mão no lugar e ele ficou curado. E foram inúmeras orações, hinos, poesias e homilias que dedicou, especialmente, a Nossa Senhora. Através de sua obra teológica foi ele quem deu início à teologia mariana. Morreu no ano 749, segundo a tradição, no Mosteiro de São Sabas. Tão importante foi sua contribuição para a Igreja que o papa Leão XIII o proclamou doutor da Igreja e os críticos e teólogos o declararam "são Tomás do Oriente". Sua celebração, no novo calendário litúrgico da Igreja, ocorre no dia 4 de dezembro.


Fonte:Portal Paulinas

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Santo dia - São Francisco Xavier





A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de idéias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou co-fundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".


Fonte: Portal Paulinas

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Santo do dia - Santa Bibiana ou Viviana







época em que Roma estava sob o poder o imperador Juliano, "o Apóstata", aconteceu um dos últimos surtos de perseguição fatal aos cristãos, entre 361 e 363. O tirano, que já tinha renegado seu batismo e abandonado a religião, passou a lutar pela extinção completa do cristianismo.

Começou substituindo todos os cristãos que ocupavam empregos civis por pagãos, tentando colocar os primeiros no esquecimento. Mas não parou por aí. Os mais populares e os mais perseverantes eram humilhados, torturados e, por fim, mortos.

No ano 363, a família de Bibiana foi executada na sua presença, porque não renunciou à fé cristã. Flaviano, seu pai, morreu com uma marca na testa que o identificava como escravo. Defrosa, sua mãe foi decapitada. Ela e a irmã Demétria, antes, foram levadas para a prisão.

A primeira a morrer foi Demétria, que perseverou na fé após severos suplícios na presença da irmã. Por último, foi o martírio de Bibiana, para a qual, conforme a antiga tradição, o governador local usou outra tática. Foi levada a um bordel de luxo para abandonar a religião ou ser prostituída. Mas os homens não conseguiam aproveitar-se de sua beleza, pois a um simples toque eram tomados por um surto de loucura. Bibiana, então, foi transferida para um asilo de loucos e lá ocorreu o inverso, os doentes eram curados.

Sem renegar Cristo, foi entregue aos carrascos para ser chicoteada até a morte e o corpo jogado aos cães selvagens. Outro prodígio aconteceu nesse instante, pois os cães não o tocaram. Ao contrário, mantiveram uma distância respeitosa do corpo da mártir. Os seus restos, então, foram recolhidos pelos demais cristãos e enterrados ao lado dos familiares, num túmulo construído no monte Esquilino, em Roma.

Finalmente, a perseguição sangrenta acabou. A história do seu martírio ganhou uma devoção dos fieis. Santa Bibiana passou a ser incovada contra os males de cabeça e as doenças mentais e a epilepsia. Seu túmulo tornou-se meta de peregrinação e o seu bonito nome escolhido na hora do batismo. Também a conhecida variação, não menos bela, de Viviana se tornou popular na cristandade.

A veneração era tão intensa que o papa Simplício mandou construir sob sua sepultura uma pequena igreja dedicada a ela, no ano 407. O culto ganhou um reforço maior ainda quando, por volta de 1625, foi erguida sob as ruínas da antiga igreja uma basílica. Nela, as relíquias de santa Bibiana se encontram guardadas debaixo do altar-mor.

Além de ser uma das padroeiras da belíssima cidade de Sevilha, na Espanha, santa Bibiana é, também, padroeira da diocese de Los Angeles, nos Estados Unidos. É celebrada no dia 2 de dezembro, considerado o de sua morte pela fé em Cristo.


Fonte: Portal Paulinas

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O que é o Advento ?



O Advento é um substantivo masculino com etimologia latina, é o primeiro tempo do Ano Litúrgico.  No termo adventum, que significa vinda ou chegada.

Recebem este nome as quatro semanas antes do Natal. Este período litúrgico evoca a dupla vinda de Jesus Cristo: a verificada em Belém, quando ele veio ao mundo, e a que ocorrerá no seu regresso no Dia do Juízo. Por isso a característica deste tempo, com o qual começa o ano eclesiástico, é a purificação como preparação para receber aquele que está para vir. O caráter penitencial do advento é acentuado pela cor litúrgica, que é o roxo.

Advento é um período mencionado no calendário religioso, é um tempo de alegria para os cristãos, caracterizado pela preparação para o nascimento de Jesus. É por essa razão que hoje em dia o período do advento é definido pelas quatro semanas que antecedem o Natal, tendo início no Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro, indo até o dia 24 de Dezembro, sendo o primeiro tempo do ano litúrgico.  
Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma das expressões desta alegria é o canto das chamadas "Antífonas do Ó".
O início do advento é conhecido tradicionalmente como o dia certo para montar a árvore de natal.
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo.
Na Bíblia Anjo Gabriel apareceu a Maria numa visão, dizendo que em breve ela daria à luz a um menino, o filho de Deus que viria para trazer luz ao mundo. Esse tempo de espera é caracterizado hoje como advento.
Coroa do advento
A coroa do advento é uma coroa de ramos de abeto, com quatro velas (círios), que se acendem uma após a outra nos quatro domingos do advento. Este costume é relativamente recente, que remonta talvez ao século XIX, e que se difundiu a partir da I Guerra Mundial.
Este ramo está pleno de simbolismo. A sua forma circular representa a eternidade e a sua cor (verde) remete para a esperança e vida. Em muitas coroas, existe uma fita vermelha, que simboliza o amor de Deus pela humanidade e o amor das pessoas que esperam o nascimento de Jesus.
As quatro velas da coroa representam cada uma das quatro semanas e são acesas em cada Domingo do Advento. O sentido do Advento é avivar nos fiéis a espera do Senhor.


Pesquisa realizada por Rafaela Lima