sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sexta Feira Santa: Paixão e Morte do Senhor


Hoje não celebramos a Eucaristia porque a Igreja tem esta longa tradição de não celebrar a Missa na Sexta feira Santa. Nós nos reunimos para comemorar e vivenciar a Paixão do Senhor. A Igreja contempla Cristo que morrendo se ofereceu como vítima ao Pai para libertar toda a humanidade do pecado e da morte.
            Nós adoramos nessa celebração o mistério da nossa salvação e colocamos o nosso coração na fé e no arrependimento para que possamos ser curados e santificados pelo sacrifício de Cristo.
A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da Morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
São João, teólogo e cronista da Paixão nos leva a contemplar o mistério da cruz de Cristo como uma solene liturgia. Tudo é digno, solene, simbólico em sua narração: cada palavra, cada gesto. A densidade de seu Evangelho agora se faz mais eloqüente. E os títulos de Jesus compõem uma formosa Cristologia. Jesus é Rei. O diz o título da cruz, e o patíbulo é o trono onde ele reina. É a uma só vez, sacerdote e templo, com a túnica sem costura com que os soldados tiram a sorte. É novo Adão junto à Mãe, nova Eva, Filho de Maria e Esposo da Igreja. É o sedento de Deus, o executor do testamento da Escritura. O Doador do Espírito. É o Cordeiro imaculado e imolado, o que não lhe romperam os ossos. É o Exaltado na cruz que tudo o atrai a si, quando os homens voltam a ele o olhar.
A Mãe estava ali, junto à Cruz. Não chegou de repente no Gólgota, desde que o discípulo amado a recordou em Caná, sem ter seguido passo a passo, com seu coração de Mãe no caminho de Jesus. E agora está ali como mãe e discípula que seguiu em tudo a sorte de seu Filho, sinal de contradição como Ele, totalmente ao seu lado. Mas solene e majestosa como uma Mãe, a mãe de todos, a nova Eva, a mãe dos filhos dispersos que ela reúne junto à cruz de seu Filho.
Maternidade do coração, que infla com a espada de dor que a fecunda.
A palavra de seu Filho que prolonga sua maternidade até os confins infinitos de todos os homens. Mãe dos discípulos, dos irmãos de seu Filho. A maternidade de Maria tem o mesmo alcance da redenção de Jesus. Maria contempla e vive o mistério com a majestade de uma Esposa, ainda que com a imensa dor de uma Mãe. São João a glorifica com a lembrança dessa maternidade. Último testamento de Jesus. Última dádiva. Segurança de uma presença materna em nossa vida, na de todos. Porque Maria é fiel à palavra: Eis aí o teu filho.

O soldado que traspassou o lado de Cristo no lado do coração, não se deu conta que cumpria uma profecia realizava um ultimo, estupendo gesto litúrgico. Do coração de Cristo brota sangue e água. O sangue da redenção, a água da salvação. O sangue é sinal daquele maior amor, a vida entregue por nós, a água é sinal do Espírito, a própria vida de Jesus que agora, como em uma nova criação derrama sobre nós.

Texto retirado do Ritual para a Semana Santa

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Em nossa Paróquia houve 4 celebrações da Paixão e Morte do Senhor: Setor 2 (Comunidades Santa Terezinha do Menino Jesus, Santa Isabel de Portugal e São Benedito, Nossa Senhora Aparecida e São Geraldo Majela), Comunidade Santo Antônio, Comunidade Mãe Admirável e Comunidade Imaculada Conceição.

A seguir fotos da Celebração no Setor 2 e na Comunidade Imaculada Conceição

Celebração no Setor 2

Celebração na Comunidade Imaculada Conceição
Fotos: Equipe Pascom

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