sexta-feira, 20 de junho de 2014

Corpus Christi

Quinta-feira foi dia de Corpus Christi. Dia de celebrarmos a presença de Cristo na Eucaristia.
Na quarta a noite os jovens da paróquia se reuniram para arrumar os tapetes para a celebração de quinta. E nós acompanhamos o pessoal da Santo Antonio e Imaculada no passo a passo de cada tapete, que vocês podem conferir nos álbuns.
Na quinta tivemos a missa seguida da procissão que saiu da Santo Antônio e foi até a comunidade Imaculada Conceição.

Segue a homilia do nosso Vigário Padre Rodolfo da missa de Corpus Christi. Com uma explicação de como surgiu este dia e com alguns milagres que eles nos contou para constatarmos a grandiosidade que tem a Eucaristia.



Vale a pena conferir:
“O que celebramos hoje é justamente isso que acabamos de cantar:” Tomai e comei, tomai e bebei, meu corpo e sangue que vos dou. O pão da vida, sou eu mesmo, em refeição.” Nós celebramos hoje esta festa de Corpus Christi, este nome que em latim significa “Corpo de Cristo”. Mas não só o corpo, como também o sangue. Celebramos a festa hoje do Corpo e do sangue de Jesus Cristo. E hoje é a festa em que a igreja, como dizia no inicio da missa, celebra solenemente a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia. E é único dia do ano em que o Santíssimo Sacramento sai pelas ruas da nossa paróquia, nos bairros, nas cidades, aonde nós estamos reunidos, aonde cada um vive e mora. Propriamente a quinta-feira Santa, é o dia da instituição da Eucaristia, mas como eu também dizia no início, a lembrança da paixão e da morte do Senhor não permite uma celebração mais festiva. Celebravamos a poucos meses a semana santa, dois meses mais ou menos.  E nós devemos nos lembrar que até o hino de louvor a missa da quinta-feira santa era alegre e festiva sim nos tocava, dali pro final já começávamos a nos recolher na espiritualidade da sexta-feira Santa. Por isso que,  na festa de Corpus Christi, ou seja, nesta festa de hoje nós cristãos católicos que cremos na presença de Jesus na Eucaristia agradecemos e louvamos a Deus por este grande dom que é a sua presença em nosso meio. Na Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz alimento tanto para o nosso corpo como para nossa alma. A Eucaristia, bem sabemos,  ela é o centro da vida cristã. Ela é o tesouro da igreja. Porque nela está presente Jesus. Tudo o que somos, fazemos e realizamos em nossa paróquia, em nossas comunidades como na igreja de Jesus inteira espalhada por esse imenso mundo, só tem sentido de ser porque nós temos a Eucaristia. Tudo gira em torno da Eucaristia. Por isso nós dizemos que ela é centro de toda vida cristã. Por isso nós dizemos que ela é o grande tesouro da igreja.  Esta festa que nós celebramos hoje, ela nasceu ou surgiu, no século XIII, la na diocese de Liège, na Bélgica. Por iniciativa de uma freira chamada Juliana de Mont Cornillon, que foi agraciada por Jesus na qual ela tinha visões do próprio Jesus que lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia. Na mesma época, um Padre chamado Pedro de Praga lá de Boêmia, celebrava uma missa na capela de Santa Cristina, em Bolsena na nação da Italia. Então veja só, Bélgica e Itália, dois países diferentes. E enquanto o Padre celebrava a Eucaristia quando ele elevou o pão consagrado da hóstia começaram a cair pingos, gotas de sangue humano, sangue verdadeiro sobre o corporal, após a consagração. Alguns diziam que este milagre aconteceu por conta da falta de fé do Padre. Porque o Padre não acreditava na presença real de Cristo na Eucaristia. O Papa da época é o Papa Urbano IV e ele fica sabendo justamente deste milagre que acontece, em Bolsena na época ele não morava em Roma ainda mas numa outra região da Itália. Aonde vivia São Tomás de Aquino. Quando ele é informado deste milagre que acontece pelas mãos do Padre la em Bolsena, ele pede para que levem as relíquias até o lugar onde ele estava. E isso se faz numa grande procissão do lugar onde aconteceu o milagre até a casa do Papa. Quando o Papa encontra esta procissão na entrada da cidade aonde ele residia que se chamava Orvietto,  ele tem então pronunciado diante da relíquia da Eucaristia as palavras:”Corpus Christi” que significa “Corpo de Cristo”. Dai vem o nome da festa, Corpus Christi. Passado isso, um tempo depois, o mesmo Papa Urbano ele escreveu uma bula que é um documento papal, aonde ele prescreveu que na quinta-feira após a entrada de pentecostes fosse oficialmente celebrada a festa em honra do corpo e do sangue do Senhor. São Tomas de Aquino que era vivo na época foi encarregado pelo Papa para compor um oficio da celebração. Sabe aquele canto bonito que a gente canta toda vez na benção do Santíssimo? Tão Sublime Sacramento? Ele tem outras quatro estrofes antes do tão sublime sacramento, que foi São Tomás de Aquino que compôs a mais de 800 anos atrás justamente para esta festa que hoje nós celebramos. E o Papa assim depois fica sabendo das inspirações daquela irmã, daquela religiosa, que hoje é Beata da igreja e percebe que Deus tinha dado ali uma grande confirmação e um grande presente para a igreja e para o mundo. Então nós vemos aqui a origem da festa de Corpus Christi. Que se inicia com a missa, como nós celebramos hoje, em seguida a procissão, que não quer dizer que a missa seja uma coisa e a procissão seja outra porque é tudo um rito só. Se participamos só da metade, escolhemos participar só de uma ou de outra, então nós não estamos participando do mistério todo. Depois da procissão é dado a benção com o Santíssimo encerrando então essa grande festa da Eucaristia. Todo católico deveria participar da missa nesse dia e também da procissão.  Sobre tudo da procissão. A gente percebe que o nosso povo é meio preguiçoso. As vezes a procissão depois da missa da mais efeito porque as pessoas ficam e são obrigadas a ir (...) Parece que a gente tem medo de sair rezando e proclamando a nossa fé. Talvez porque vá passar na frente de um bar que se costuma frequentar. Ou de outros lugares. Mas todo católico tem que participar das procissões, mas sobretudo desta procissão. Porque nós não estamos levando simplesmente a imagem do nosso padroeiro, mesmo porque ele não irá hoje. Mas estamos levando o próprio Jesus. Presente e vivo na Eucaristia. Manifestando qual o verdadeiro e maior motivo da nossa fé. Que é justamente a Eucaristia que nós celebramos todos os domingos. Esta procissão de hoje, sem duvidas, é a mais importante de todo ano. Mais importante até que a Via Sacra na sexta-feira Santa. Pois é a única procissão, onde o próprio Senhor em sua presença real, ou seja na Eucaristia, segue as ruas para abençoar todas as pessoas, as famílias, o bairro, a cidade aonde nós moramos.  E em muitos lugares, isso depois quando a festa foi sendo vivida e celebrada, criou-se um velho costume de se enfeitar as casas, de se colocar flores nas ruas, toalhas brancas aonde Jesus iria passar e também tapetes (...) Tudo isso em honra ao Senhor. Nesses tapetes não estão simplesmente serragens, desenhos coloridos, mas estão também a nossa vida, estão a nossa gratidão por tudo aquilo que Jesus é, por tudo aquilo que Jesus tem feito por nós. (...) E tudo isso tem um sentido e por isso deve ser preservado. Não devemos medir esforços para o preparo de uma festa bonita como esta, para que o nosso Deus seja amado e adorado. E assim começaram as grandes procissões Eucarísticas como a que nós vamos fazer no dia de hoje. Também o culto ao Jesus Sacramentado. Porque até esta festa de Corpus Christi não havia sacrário, não havia infinitas devoções, práticas que nós temos de estarmos em comunhão com o Senhor a sós ou em comunidade. E isso foi sendo desenvolvido através de várias formas (...) Para mostrar justamente que nós cremos que Jesus está presente na Eucaristia. Que não é um pedaço de pão, não é uma bolachinha como dizem uns e outros por ai, mas é a presença real de Jesus. E depois desta difusão de coisas que foram feitas a partir dessa festa de Corpus Christi a Jesus, verificou-se diversas conversões ao catolicismo. Uma bem recente que nós temos na igreja é de um moço chamado Sidney. Que era Pastor da Assembleia de Deus. Este moço, pastor da Assembleia de Deus, um belo dia chegando numa cidade teve uma visão com simplesmente ninguém menos que Nossa Senhora. Ele viu Nossa Senhora, ela falou com ele e pediu uma série de coisas pra ele. E ele continuou sendo pastor da Assembleia de Deus, só que ele continuou estudando as coisas, pegou o catecismo e começou a estudar. E ai conta no testemunho dele que tinha até um plano “diabólico”, segundo ele, de colocar uma imagem de Nossa Senhora na Assembleia de Deus. Mas ele viu a possibilidade de se crer em Maria mas não acreditava que Jesus pudesse se fazer presente no pão consagrado. E um belo dia ele tendo algumas duvidas em relação a quem era esta mulher, se era realmente Nossa Senhora que estava aparecendo pra ele, foi a igreja da cidade aonde ele era pastor para conversar com o Padre. Para saber se aquilo de fato era Maria ou se o demônio estava o enganando de alguma forma, isso ele diz no testemunho dele. Quando ele chega na igreja, ele percebe que tem algumas pessoas lá. A secretária do Padre pediu para ele esperar na igreja um pouquinho, e tinham umas pessoas adorando o Santíssimo que estava no altar, na âmbula. Como essas que nós temos e guardamos no Sacrário. E ele disse que as pessoas estavam com as mãos estendidas para esta âmbula dizendo: ”Jesus  minha vida”, “Eu te adoro, Jesus”. Dai o Pastor da Assembleia disse:” Como assim? O Jesus deles é essa panela? Pois eu vou lá agora e vou mostrar pra eles quem é Jesus.” Em seguida deu  dois passos e caiu no chão. E ali ele sentiu a força que vinha da Eucaristia. E compreendeu que não era uma panela de ouro, mas era justamente a presença real de Jesus. O homem se converteu e hoje é um grande apostolo, e sai por todo o Brasil contando este testemunho. E a sua conversão não foi pela visão de Maria, mas foi sobretudo pela força da Eucaristia. E depois ele entendeu que só se pode chegar a Jesus se passar antes também por Maria.
Outro fato que nós conhecemos e que nos ajuda a compreender cada vez mais este mistério que celebramos todo domingo e as vezes a cada dia. É o milagre Eucaristico de Lanciano. (...) Por volta dos anos 700 lá na cidade de Lanciano que fica na Itália também, viviam uns monges da ordem de São Basilio. E entre eles havia um que tinha muitas duvidas da sua fé. Ele era conhecido mais pela sua cultura das coisas mundanas, do que das coisas de Deus. E a sua fé parecia vacilante. Todos os dias ele era perseguido pela mesma duvida daquele Padre de Bolsena, se de fato a hóstia consagrada seria o verdadeiro corpo e verdadeiro sangue de Jesus Cristo. Porém, ele nunca deixou de orar pedindo que esta ideia, este sim lhe deixasse. Mas chega um belo dia e ele decide que aquela Eucaristia seria a última que ele celebraria e que depois ele deixaria de ser Padre, deixaria de ser monge porque ele não acreditava em nada daquilo. E celebrando a missa, essa que seria a última missa, muito atormentado por sua duvida, depois que ele profere as palavras da consagração a hóstia se torna carne viva e o vinho se torna sangue vivo. Isso diante dos olhos dele e diante de toda a assembleia que estava ali participando da Eucaristia. E ali ele percebeu que obviamente, a sua duvida era só uma duvida, e a incredulidade passou a ser certeza. Ele percebeu que Deus o respondeu e respondeu de uma forma bem forte e convincente. Naquela época o Padre celebrava a missa de costas. Ele se volta para os presentes e diz o seguinte:” Oh bem aventuradas testemunhas diante de quem para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde irmãos, e adorai o vosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a carne e o sangue do nosso Cristo, muito amado.” Os fiéis diante disso se precipitam ao altar e junto com o Padre começam a chorar, pedindo misericórdia, e adorar a esta relíquia Eucaristica que estava ali. Obvio que a noticia se espalhou pelo pequeno vilarejo e por toda a região e este milagre faz com que muitos voltem a participar da missa e a crer e depositar sua fé em Jesus na Eucaristia. E algumas coisas, foram se revelando a cerca deste milagre. Por exemplo: O sangue coagulou. Quem trabalha na saúde, sabe que sangue quando entra em contato com ar ele coagula. E ele coagulou e se dividiu em cinco pedaços que tinham tamanhos diferentes. E cada pedaço pesado individualmente tinha o mesmo peso, independente do tamanho que ele era. O mesmo peso em cinco pedaços. E quando juntaram os cinco pedaços  e colocaram na balança, ele tinha o peso de um só. Isso é possível na matemática? Na matemática divina é. (...) A carne com o tempo se rasgou no meio. Mas 700 anos depois deste milagre Eucaristico os responsáveis pelo Santuario la em Lanciano, pediram a ciência que examinasse aquele sangue coagulado e aquela carne. Sem contar para os cientistas nada, e haviam muitos ateus inclusive. E quando eles fizeram todos os exames eles constataram algumas coisas. Primeiro, que aquela carne e aquele sangue eram de pessoas vivas. Era de uma pessoa viva. Ou seja, acabado de ser tirado do corpo. A pessoa tinha o sangue tipo AB que geralmente era o tipo sanguíneo dos judeus na época de Jesus. E depois que eles constataram tudo isso, eles perguntaram o que aconteceu o que era aquele sangue. Quando os padres falaram que aquilo era um milagre Eucaristico que aconteceu a mais de 700 anos atrás. Constatou-se que muitos cientistas ateus converteram-se e eles saíram de lá colocando no relatório o seguinte:” O verbo se fez carne. E habitou entre nós.” E foi essa a explicação que a ciência deu pra esse milagre! Porém uma coisa incomodava ainda um Padre da congregação que era este rasgo que tinha no meio da carne, por que é que Deus tinha permitido que este rasgo se fizesse naquele pedaço de carne. Os cientistas já tinham visto, já tinham percebido e constatado que aquele pedaço de carne era do coração. De uma parte do miocárdio. E este Padre anos depois pediu que se fizesse estudos computadorizados com os dados do tempo de Jesus, para ver se tinha alguma coisa. E a surpresa foi que o  miocárdio foi justamente o  lugar aonde a lança do soldado passou no coração de Jesus. Mais um contato que testifica esse milagre. Por isso que nós celebramos com alegria e agradecemos não só este dia mas todas as oportunidades que o Senhor nos da de celebrarmos a Eucaristia. Dizia um santo da igreja que se nós soubéssemos o verdadeiro amor que tem a Eucaristia, jamais arredaríamos o pé do altar. Um outro livro, chamado Imitação de Cristo, nos ensina que cada Eucaristia que nós comungamos nos faz ser mais parecidos com Cristo. E usa o seguinte termo:”Quem comunga é Eucaristizado.”  E a tendência é justamente essa, termos em nós cada vez mais os sentimentos de Jesus, nos parecermos com Jesus, sermos mais parecidos com ele e vivermos esta realidade dele na nossa vida. Santa Terezinha do menino Jesus dizia que quando ela recebia a Eucaristia, se fazia 15 minutos de céu na sua alma. 15 minutos deve ser o tempo aproximado que o nosso organismo leva para digerir a Eucaristia. Somos sacrários vivos, porque ela fica em nós. Aquilo que é bom permanece no organismo. O que não é bom no nosso organismo, nós colocamos para fora. Tantos exemplos, tantos testemunhos que temos dos Santos e das Santas da igreja, e é por isso que nós entendemos que isso não é simbologia, que isso não é teatro, mas que isso é certeza, é realidade. O Senhor esta presente em nós. O Senhor esta no meio de nós. No pão e no vinho consagrados nós temos seu corpo e nós temos o seu sangue, sua alma e sua divindade. Em cada pedacinho da hóstia consagrada  e em cada gota do vinho consagrado esta Jesus inteiro. Recebemos Jesus inteiro. Ele se faz um conosco e nós nos fazemos um com ele. Por isso que o sacramento da Eucaristia tem a grande promessa para todos nós: ”Aquele que come minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia.Que nesta tarde nós possamos renovar a nossa fé na presença do Senhor. Que ele seja o nosso tudo e que se houve algum momento na nossa vida duvidas de que Jesus esta realmente presente na Eucaristia que essa duvida cesse. E que o nosso coração se abra a uma verdadeira experiência aonde ele nos mostre que apesar de tão grandioso ele se da alimento a nós nesse pão e nesse vinho para que possamos ser vida e ser sustentados justamente pela sua mão." 

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